Como postei anteriormente, venho repetir que não há pessoa melhor para analisar e criticar a educação de qualquer lugar do que o Professor, não existe qualificação mais competente para julgar o processo educacional de uma cidade. Por isso, segue abaixo mais um texto, este de autoria de Gabrielle Ramos, professora do Instituto Educacional Maria Madalena -IEMMA.
ESCOLA? PÚBLICA?
Não consigo compreender por que tantas pessoas sentem-se incomodadas em adquirir seus direitos por meio da Justiça.
Dia desses ouvi uma mãe indignada por ter recebido recusa de uma escola pública daqui, quando foi procurar ajuda para sua filha hiperativa. A escola, como poucas públicas nesta região, parece-me ter uma sala "preparada" para receber crianças especiais, segundo me disse a tal mãe. A criança foi recusada por não estar matriculada na rede pública de ensino, ou seja porque estuda em uma escola particular. Pasmem!
Numa cidade como esta, onde boa parte dos professores sequer dão conta de ensinar "crianças normais", faltam profissionais qualificados para lidar com crianças especiais, mesmo na era da inclusão. Isto é, é difícil para uma escola pública com todos os recursos disponiveis, é também difícil para a escola particular, já que faltam profissionais adequados. O fato da escola onde a criança estuda, ainda não estar física e pedagogicamente preparada para receber alunos com transtornos, déficites de aprendizagem e afins, não a excluiu de seu quadro. Mas a escola pública a recusou, mesmo estando preparada para recebê-la.A mãe ainda insistiu que a escola recebesse sua filha pelo menos duas vezes na semana... mas a negativa prevaleceu.
Já que o serviço público não funciona como deveria e cada vez mais precisamos do privado, e pagar (mais uma vez) para ter atendimento um pouco melhor, então devíamos ter direito a uma administração pública em que pudéssemos literalmente pagar por bons serviços.
Tão triste é a inércia em denunciar a quem de direito tal situação, por medo de represálias contra a direção da escola e contra a professora encarregada do serviço na intenção de não prejudicá-las. Pasmem!
Até quando corporativismos, apadrinhamentos, partidarismos ainda serão responsáveis pelo funcionamento, de serviços públicos, principalmente os essenciais?
Fonte: http://profgabrielle.blogspot.com/2010/09/escola-publica.html#comments
Brigada, primo pela postagem! Uma honra!
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